A Hungria deseja abrir suas fronteiras apenas com a República Tcheca, Polônia e Eslováquia. A UE acusa a Hungria de discriminação.

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A partir de hoje, 1º de setembro, cidadãos estrangeiros NÃO podem entrar na Hungria para efeitos de residência. A decisão também se aplica aos cidadãos romenos que desejam passar as férias na Hungria.

Até agora nada de anormal. A pandemia COVID-19 influenciou as decisões de muitos governos em relação às regras de viagens.

Mas A Hungria decidiu abrir suas fronteiras aos turistas da República Tcheca, Polônia e Eslováquia, informa Reuters. Cidadãos dos 3 estados podem viajar para a Hungria com base em um teste COVID-19 negativo. As autoridades de Budapeste afirmam que existem garantias de segurança suficientes.

Esta medida atraiu sérias críticas do executivo da UE. Ele observa que a tentativa da Hungria de admitir visitantes da República Tcheca, Polônia e Eslováquia, mas não de outros Estados-Membros da UE, é discriminatória e ilegal. A Comissão da UE em Bruxelas disse que a decisão da Hungria estava em conflito com as regras da UE sobre viagens gratuitas dentro das fronteiras da UE.

"Qualquer medida que não respeite estes princípios fundamentais do direito humano na UE deve, obviamente, ser retirada imediatamente." disse o Comissário Europeu da Justiça, Didier Reynders.

É de notar que a decisão da Hungria de abrir as fronteiras com a República Checa, a Polónia e a Eslováquia foi tomada após conversações entre o primeiro-ministro checo Andrej Babis e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban. Este último aceitou receber turistas com férias reservadas na Hungria para setembro.

Se o teste COVID-19 negativo é garantia suficiente de segurança, por que fecharam preferencialmente as fronteiras? Podemos dizer que a decisão da Hungria é estratégica geopolítica e menos em linha com a pandemia COVID-19.

INFO: Www.reuters.com

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