ANAT: O turismo romeno está ameaçado por medidas fiscais restritivas!

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Em busca de soluções para estabilizar o orçamento, o Governo tem circulado recentemente propostas para aumentar a tributação na Roménia. A Associação Nacional das Agências de Viagens da Romênia (ANAT) se posiciona contra as recentes propostas de alguns representantes do governo romeno para eliminar os vouchers de férias para funcionários do orçamento e aumentar os impostos para a indústria do turismo.

No contexto das discussões sobre o desenvolvimento de vouchers e empregados do setor privado, essas medidas teriam um grande impacto negativo no turismo e na economia nacional, com potencial para empurrar o país para a recessão.

O governo está a ponderar eliminar os vales-férias

Assim, a Romênia correria o risco de perder uma oportunidade valiosa. O governo explodiria o potencial do turismo romeno cancelando os vouchers de férias para funcionários do setor público, enquanto outros funcionários do setor privado poderiam se beneficiar dessas facilidades.

A decisão limitante ameaçaria tanto o patrimônio quanto o desenvolvimento do turismo no país. Os vouchers de férias representam uma facilidade importante para todos os funcionários, independentemente de serem orçamentários ou privados, bem como uma lufada de ar fresco para a indústria e tiveram um impacto positivo considerável no turismo na Romênia até o momento.

Provocaram a duplicação do número de unidades classificadas, bem como o evidente aumento dos investimentos no setor do alojamento. A remoção desta instalação afetará a sobrevivência e o desenvolvimento das estruturas de acomodação, causando danos significativos à indústria.

“A ANAT foi surpreendida ao saber da intenção do Governo romeno de anular os vales-férias atribuídos aos trabalhadores do orçamento, uma vez que se discute neste momento a atribuição de vales a trabalhadores de empresas privadas. Além disso, a tributação excessiva seria um enorme obstáculo ao crescimento do turismo. A intenção de aumentar o IVA nos hotéis e restaurantes para 19% levará a um aumento mínimo de 10% nos custos dos serviços turísticos na Roménia, mas sobretudo aos problemas sociais e ao aprofundamento do défice orçamental.

Pior, depois de o imposto sobre dividendos ter aumentado desde o início do ano, de 5 para 8%, está em estudo o aumento para 10%. Por que o governo romeno não pensa seriamente em reduzir os gastos orçamentários e vê o aumento de impostos como a primeira solução? Num período já difícil para o setor, tal medida poderia reduzir a atratividade turística do nosso país e diminuir o número de turistas”, afirma Alin Burcea, primeiro vice-presidente da ANAT.

ANAT chama a atenção para o fato de que o setor de turismo representa um investimento absolutamente necessário para a economia do país

A importância de uma visão global é essencial e a ANAT chama a atenção para o facto de o sector do turismo representar um investimento absolutamente necessário para a economia do país e para a imagem da Roménia no mundo. Os governantes devem adotar medidas inteligentes e eficazes que promovam o aumento da tributação no turismo, devendo os vales-férias continuar a ser uma solução para dinamizar esta vertente.

"A ANAT junta-se aos especialistas económicos e aos empregadores que alertam seriamente para o grave impacto negativo destas medidas na economia. O segundo aumento do IVA, em pouco tempo, no turismo, levaria a aumentos de preços na cadeia. Essa medida levaria a economia para a zona cinzenta de subsistência e aceleraria a espiral descendente do consumo.

Em todos os países vizinhos, o turismo tem uma taxa de IVA reduzida. Além disso, o turismo, tão afetado pela pandemia e pela proximidade da guerra, foi muito menos compensado na Romênia do que no resto da Europa. A medida Horeca 2 anunciada como certa e incluída num GEO no ano passado, já não se concretizou, ficando as empresas turísticas, descapitalizadas e sem quadros qualificados, a gerir como podem. A entrada da Romênia ainda está pela metade em relação a 2019, recuperando com mais força”, enfatiza Adrian Voican, vice-presidente da ANAT e vice-presidente do Conselho Consultivo de Turismo da Romênia.

Investimentos no turismo são desencorajados por novas medidas fiscais

Os investimentos em turismo incentivados pelas políticas anteriores, pela estabilidade dos vales-férias por pelo menos 5 anos, estão agora ameaçados pela circulação de opções que sobretaxariam ou mesmo impediriam a sua concessão.

Mesmo que essas medidas não venham a ser adotadas na prática, no final, discuti-las no espaço público dissipa a névoa de confiança, estabilidade e previsibilidade da economia. Nas condições de uma crise inflacionária que se alastrou à Romênia, as medidas devem aliviar a carga tributária dos contribuintes, para que possam acelerar a economia.

Estas medidas de sobretaxação colocariam a economia nacional de joelhos e aumentariam o número de empresas falidas e de desempregados, em condições de demanda obviamente decrescente, causada pela falta de poder aquisitivo. Também nos retiraria permanentemente do mapa do turismo internacional e aprofundaria a desvantagem já existente em relação a destinos concorrentes.

A ANAT exorta os governadores a reconsiderarem estas propostas fiscais restritivas, a pensarem em perspetiva, a médio e longo prazo, e a encararem o turismo como um investimento estratégico para a economia da Roménia. São necessárias medidas coerentes e apoios eficazes ao desenvolvimento da indústria do turismo, para que continue a contribuir significativamente para o orçamento do Estado e a representar um orgulho, uma mais valia financeira e uma imagem para todo o país.

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